quinta-feira, 29 de julho de 2010


Eu gosto de pessoas.
Gosto do cheiro, dos rostos, dos gostos, das cores.
Mas, tem dias que não.
Eu gosto de ficar sozinha.
Das minhas ações, movimentos, pensamentos; do meu cheiro, da minha suficiência.
Tem dias que só quero pegar qualquer livro do García Márquez e viver, numa tarde nublada ou chuvosa.
Tem dias que só preciso que Placebo cante as minhas canções solitárias, que o Morrissey me convença do que eu já sei, e que o Nenê Altro grite mil glórias aos meus ouvidos.
Tem dias que só quero imaginar; só quero falar não aos que me perguntam; só quero dormir, ou ficar com os olhos ardendo por falta de.
Tem dias que quero que ninguém se lembre de mim; e também não quero me lembrar de ninguém.
É, tem dias e dias que só quero ser eu.

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