quarta-feira, 25 de maio de 2011

Estive sumida, desaparecida, desencontrada. Estive trancada em mim, para mim, sobre mim, sobre tudo, sobretudo. Andei, observei, aprendi. Aprendi que A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. E que, Quando se vê, já são seis horas! Quando de vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano... Quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos! Agora é tarde demais para ser reprovado...(*)
Então, após dificilmente digerir tudo isso fui subitamente atropelada por uma vontade louca de viver de outro jeito. Com menos amarras, menos freios, mais planos para o presente. Mais choro, mais riso. Mais, muito mais. Enfretar os perigos com as mãos geladas, o estômago embrulhado e a cabeça a mil. Atender o telefone mesmo quando acho que a notícia não é lá muito a que espero, e após tal confirmação, me alegrar muito por ter atendido e por ter sido produtivo. Viver assim, sem tragicizar antes de que tenha acontecido. Viver numa espécie de "Let it be" enérgica, sentimental, e com valor.

(*) O tempo, Mário Quintana.

Um comentário:

  1. Apesar de tudo, viver é bom d+.
    A cada dia que passa a vida nos deixa um gostinho de quero mais.

    (quem sabe um dia a gente volta e vc nos ver tocar rsrsrs)

    bju

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