domingo, 19 de setembro de 2010

Love will tear us apart, but There is a light that never goes out

Sabe aquele desmaselo e 'quero logo chegar em casa' de uma quinta-feira após a aula que foi maior do que o esperado? Comecemos.
Lá estava, esperando o ônibus, olhando para o nada, só sentindo o calor. De repente, não mais que de repente, ele aparece misteriosamente. Óculos escuros e camiseta preta do Joy Division.
- O quê?
Foi incrível. Eu estava com meus fones ouvindo The Smiths, e ele chega gritando Joy Division aos meus olhos.
Ele se sentou, carregava um livro relativamente grande, com letras vermelhas na capa, letras estas que não sei quais palavras formavam. Ele atendeu o celular, olhou pra mim. Nesse exato momento entrou um feixe da luz do sol pela janela do ônibus e iluminou seus olhos - eu os vi.
Ao fim do trajeto eu já sabia de cada detalhe: o jeitinho de se mexer, os cordões no braço direito, um mini-alargador na orelha esquerda. O sorriso de quem queria mostrar que estava ali.
Pensei nele o dia todo. Pensei nos caminhos que ele faz, nas músicas que gosta, nos livros que ele lê e nas cores que o constituem. Essa imaginação [não] além do comum foi suficiente para que no outro dia eu acordasse pensando nele.
Corro, super atrasada pra aula, e ao chegar ainda encontro um amigo que precisava de um favor. Ok. Meu corpo estava lá, mas a mente não. Não conseguia parar de pensar se iria vê-lo novamente - como, quando e onde. Então, acredite se quiser, olho pra trás inocentemente e o vejo vindo em nossa direção.
Olho pra frente denovo, respiro, já nem escuto mais o que meu amigo diz, crio coragem e o olho nos olhos - agora sem óculos escuros - e ele retribui, de um jeito muito cúmplice. Meu coração disparou e me odiei por não ter ido até ele e dito tudo que ensaiei no dia anterior.
Queria ter dito que, não consegui parar de pensar nele um momento sequer, e que as camisetas que antes eram azuis, agora são do Joy Division.


Nenhum comentário:

Postar um comentário